Especialista pró-armamento avalia caso de ex-prefeito morto a tiro pelo pai em Baraúna-PB: ‘exceção’

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armamentoO especialista em segurança Bene Barbosa, nesta terça-feira (13), ponderou sobre a morte do ex-prefeito de Baraúna, na Paraíba, Alysson Azevedo (PSB), assassinado com um tiro pelo próprio pai enquanto tentava entrar na casa para apagar um princípio de incêndio. Bene minimizou o uso do armamento e disse que o incidente deve ser classificado como um caso isolado.

“É uma tragédia, só que precisamos lembrar que esse tipo de tragédia não acontece apenas com arma de fogo. Quantos casos não vemos de pessoas que vão dar ré e acabam atropelando o filho? A arma requer um treinamento muito sério e cuidado. Eu, por exemplo, ministro um curso para pessoas que precisam e querem uma arma de fogo em casa para que isso não aconteça”, disse.

Em entrevista concedida ao programa Arapuan Verdade, Barbosa, que é bacharel em direito e considerado uma das vozes mais ativas contra o Estatuto do Desarmamento, afirmou que a lei fracassou em retirar o armamento dos criminosos e apenas desarmou o cidadão. Para ele, é necessário que haja legislação e fiscalização, mas sem impedir a aquisição.

“Temos uma segurança pública caótica, onde o governo não consegue garantir nem o mínimo, onde até em lugares onde a segurança é boa, a polícia não pode estar podendo proteger 24 horas por dia. Afinal, a polícia, mesmo que chegue em cinco minutos, nunca vai conseguir evitar os crimes assim”, declarou.

O experto ainda citou o Nordeste: “aí, onde boa parte votou contra a proibição do comércio de armas de fogo e munição no Brasil, o que nós vimos nos últimos anos foi uma explosão da violência, chegando a igualar com países em guerra”.

Ele completou: “o Estatuto foi usado de maneira trágica e, para cada caso como esse do ex-prefeito, existem muitos onde uma arma acabou salvando uma vida, não podemos legislar por causa de uma exceção”.

Yves Feitosa