Nos últimos dias como governador, Ricardo avalia: ‘Paraíba me ensinou a ser resiliente’
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Em tom de despedida, o governador Ricardo Coutinho (PSB), concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Rede Verdade, da TV Arapuan, nesta terça-feira (11). Há pouco mais de vinte dias de deixar cargo, o socialista contou que o sentimento é de gratidão a Deus e ao povo paraibano.
“Não sou o protótipo de político que há vinte anos se esperava que governaria a Paraíba. Eu vim de outras práticas, dos movimentos sindical e estudantil, jamais imaginei ser nem vereador e fui galgando posições até chegar onde cheguei. E algo muito além daquilo que u pensei para minha vida e eu sempre procurei estar a altura disso”, disse.
Coutinho, que vai entregar a faixa de governador para o seu sucessor, João Azevêdo (PSB), no dia 1° de janeiro, afirmou que os paraibanos reconheceram o seu trabalho e o fato de ter, a todo momento, se posicionado politicamente. Foi assim, por exemplo, quando Ricardo foi contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
“Assumo os erros do governo, não sou daqueles que joga a culpa em assessor, mas também tem muitos acertos que esse governo fez. Fundamental ter o respeito a todos igualitariamente, os que tinham mais ou menos dinheiro me deram a oportunidade de demonstrar posição política. Em bola dividida, a maioria dos políticos não entra, mas eu entro e vou continuar entrando, as pessoas tem que saber qual é a posição”, avaliou.
Em sua mensagem final, Ricardo falou: “a Paraíba me ensinou muita coisa, a ser mais resiliente, a ter maior generosidade nas adversidades. Em nome de tudo isso gostaria de desejar um Natal onde possamos respirar com paz interior. Esse processo eleitoral foi muito ruim, o brasileiro está muito mexido, onde práticas, como racismo, passam a ser normais”.
Ele continuou: “nas eleições, se usou muita mentira, o Brasil saiu muito divido e é preciso refazer o tecido social, popular. Que 2019 traga esperanças renovadas para cada um de nós. Continuo achando que o dia de amanhã seja melhor do que o de hoje”.
Yves Feitosa