Com ajuda do Projeto Cooperar, Bonito de Santa Fé conquista Prêmio Cidade Pró-Catador, do governo federal

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aterroO projeto de reciclagem de resíduos da Associação dos Catadores de Material Reciclado (Ascamare) de Bonito de Santa Fé foi o grande vencedor da primeira edição do Prêmio Cidade Pró-Catador promovido pela Secretaria-Geral da Presidência da República.

No total,  63 municípios foram inscritos no Prêmio Cidade Pró-Catador e 10 foram selecionados na primeira etapa, dentre eles, Bonito de Santa Fé. Os critérios utilizados para a seleção foram a inclusão socioeconômica dos catadores, sustentabilidade, caráter inovador, replicabilidade, impacto no público-alvo, integração com outras políticas, participação da comunidade, existência de parcerias e escopo do projeto.

O prêmio visa reconhecer as iniciativas municipais de integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis em ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

De acordo com o coordenador geral do Projeto Cooperar, Roberto Vital, o governo do estado investiu cerca de R$ 399 mil que foram revertidos em obras, instalações e equipamentos, como a construção de galpão para triagem com área coberta de 273 m2, caminhão com tela de proteção, garagem, equipamentos e material permanente, empilhadeira elétrica manual, balança digital, 10 carrinhos manuais para coletar recicláveis, 16 contentores de resíduos sólidos, prensa mecânica e outros, além de material de consumo, como luvas, máscaras para proteção e fardamento.

Além disso, o governo tem investido na capacitação dos trabalhadores envolvidos no projeto que conta com a colaboração de 46 catadores, sendo e tem como meta ampliá-lo para que o aterro sanitário possa receber resíduos das cidades vizinhas.

Para a presidente da Ascamare, Rita da Silva Miguel, que trabalhava como gari e agora também é responsável pela coleta seletiva de Bonito de Santa Fé, o prêmio é um reconhecimento do trabalho feito. “Antes, com o preconceito, nós éramos escanteados, e agora estamos mostrando que temos valor para a sociedade”, destacou.

Rita da Silva disse que o Cooperar foi a base de tudo, pois antes do apoio do órgão em 2012, não tinha sequer o fardamento para trabalhar. “Com a coleta melhorou muito e ainda vai melhorar. Com os ganhos, minha feira passou a ser maior e ainda comprei a mobília da minha casa”, lembrou.

Ela também acrescentou que o projeto gerou emprego e renda, já que o trabalho na Associação garante uma fonte de renda a mais para as famílias envolvidas no trabalho.

Luis Torres

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