Jornais do Brasil neste domingo 14 de abril

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jornais14 de abril de 2019

O Globo

Manchete : Rio à beira do abismo

SÃO 14 MIL MORADIAS EM 218 ÁREAS DE ALTO RISCO

Nove tragédias provocadas pelas chuvas no Rio nos últimos 56 anos foram sucedidas por promessas e planos da prefeitura para conter encostas e remover famílias de favelas. Nenhum, porém, foi bem-sucedido em impedir a expansão desordenada, que potencializa os perigos dos temporais. A cidade tem hoje 14.200 moradias em 218 áreas de alto risco de 117 favelas. Deslizamentos e ocupação irregular já causaram 19 mortes em 2019 — o número de vítimas do desabamento na Muzema subiu para sete, e há 17 desaparecidos. (PÁGINAS 13 a 15)

‘Uma conversa conserta tudo’, afirma Guedes

Após Jair Bolsonaro intervir na Petrobras para revogar o reajuste do diesel, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que “o presidente já reconheceu que não entende muito de economia”, e que, se ele fizer algo “que não seja muito razoável”, “uma conversa conserta tudo”. (PÁGINA 26)

Infraestrutura do país está sob risco de colapso

Uma ponte desaba em Belém, um viaduto cede em São Paulo, o BRT carioca em estado precário. O investimento em infraestrutura, hoje, não cobre nem a manutenção, dizem especialistas. Só para evitar a deterioração, seria necessário aplicar 1,9% do PIB. Em 2018, o aporte foi de 1,69%. (PÁGINAS 25 e 26)

Colunistas

MERVAL PEREIRA

O desconforto de Bolsonaro com o liberalismo (PÁGINA 2)

MÍRIAM LEITÃO

Senso de justiça não se submete a projeto de poder (PÁGINA 26)

ELIO GASPARI

Cabral mentiu em depoimento ao juiz Bretas (PÁGINA 10)

LAURO JARDIM

Gigante chinesa negocia compra da Andrade Gutierrez (PÁGINA 6)

DORRIT HARAZIM

Cidadãos tratados como dejetos (PÁGINA 3)

ASCÂNIO SELEME

Onde andam as autoridades em sua absoluta inépcia? (PÁGINA 12)

BERNARDO MELLO FRANCO

DF agora tem carteirada oficial (PÁGINA 3)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Polarização política no Brasil supera média de 27 países

Pesquisa mostra que, para 32% dos brasileiros, não vale a pena conversar com quem tem visão diferente

A polarização política no Brasil atingiu nível de intolerância que supera a média de 27 países, mostra pesquisa do Instituto Ipsos. Para 32% dos brasileiros não vale a pena tentar conversar com pessoas que tenham visões políticas diferentes das suas, diz o levantamento, que ouviu 19,7 mil pessoas. O índice nacional só ficou atrás do da Índia (35%) e da África do Sul (33%) e superou a média de todos os países, de 24%. A dificuldade dos brasileiros em aceitar diferenças político-partidárias se reflete nas relações pessoais. “Não estamos estimulados a debater política e, quando isso acontece, vira uma discussão entre tribos que trabalham não com argumentos, mas com ataques ao que é diferente. Vira um ambiente de Fla-Flu”, diz o cientista político Kleber Carrilho.
POLÍTICA / PÁGS. A4 e A6

Vale reduz produção e derruba PIB

Corte de 92,6 milhões de toneladas de minério de ferro, estimado pela Vale, deve reduzir crescimento do PIB do País em 10%. Em calamidade financeira, Mariana sofre com a queda de arrecadação e o temor de aumento do desemprego, relata Fernando Scheller, enviado à cidade palco da tragédia ambiental de 2015.
ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3

‘Bolsonaro criminalizou o Parlamento’

Para Delegado Waldir, líder do PSL na Câmara, Bolsonaro criminalizou a conduta do Parlamento ao usar as expressões “velha e nova política” e agora precisa “fazer carinho” nos deputados. Ele diz a Luiz Maklouf Carvalho que as mudanças nas regras da aposentadoria só saem se Rodrigo Maia quiser. “Ele é o primeiro-ministro.” O parlamentar alfineta a influência de Olavo de Carvalho no governo e afirma que é criticado porque mostra “o amargo, o fel” ao presidente.
POLÍTICA / PÁG. A8

País despende com Venezuela o dobro do gasto no Haiti

Nos últimos 12 meses, os gastos do País com ações militares na fronteira com a Venezuela foram de R$ 265,26 milhões. Nas operações no Haiti (2004 a 2017), o dispêndio anual foi de R$ 130 milhões.
POLÍTICA / PÁG. A10

Conversa conserta tudo, diz Guedes sobre Bolsonaro

“Se ele eventualmente fizer algo que não seja razoável, tenho certeza de que conseguimos consertar”, afirma ministro da Economia, um dia após presidente admitir que mandou cancelar alta do diesel.
ECONOMIA / PÁG. B5

Presidente israelense critica fala de Bolsonaro (Internacional / Pág. A14)

Pedro S. Malan

Começos – o principal agora

Executivo precisa de habilidade e lideranças para conduzir a agenda legislativa, em especial quando envolve Constituição.
ESPAÇO ABERTO / PÁG. A2

Eliane Cantanhêde

Dilma ou Guedes?

O presidente tem de decidir se quer ser o Bolsonaro intervencionista dos seus 28 anos de Congresso ou o liberal da campanha.
POLÍTICA / PÁG. A6

Fareed Zakaria

O crescimento do nacionalismo O nacionalismo populista sempre busca um cara durão, como Trump e Bolsonaro, para proteger a nação dos liberais.
INTERNACIONAL / PÁG. A12

Notas & Informações

Não é mera questão de etiqueta

As estripulias de Jair Bolsonaro não são mera questão de estilo. A liturgia do cargo não é um disjuntor que se ligue ou desligue conforme suas variações de humor. PÁG. A3

Ilha de excelência

Tarcísio Gomes de Freitas tem feito da pasta da Infraestrutura uma ilha de excelência num governo conturbado. PÁG. A3

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Folha de S. Paulo

Manchete : Deputada relata ameaça de ministro ligado a laranjas

Eleita pelo PSL-MG acusa Álvaro Antônio, que vê difamação por rixa política

A deputada federal Alê Silva (PSL-MG) acusa, em entrevista, o ministro Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) de chefiar um esquema de candidatas laranjas do partido em Minas nas eleições de 2018 e de ter feito ameaças se ela insistisse em cobrar apuração, relatam Ranier Bragon e Camila Mattoso.

Alê Silva depôs à PF, que vê elementos de participação do ministro. O caso dos laranjas do PSL, sigla do presidente Jair Bolsonaro, foi revelado pela Folha em fevereiro. Candidatas destinaram verba pública eleitoral a empresas ligadas ao gabinete de Álvaro Antônio, que exercia o cargo de deputado.

A parlamentar diz que percorreu em campanha todo o Vale do Aço sem nunca ter tido notícia de duas concorrentes pelo PSL na região, que hoje são investigadas. Segundo ela, um político que esteve em reunião com Álvaro Antônio teria ouvido dele a frase: “Vou parar minha vida para acabar com a dela”.

Janaina Paschoal, deputada estadual pelo PSL-SP, defendeu a demissão do ministro. Ele nega a intimidação, afirma que Alê Silva o difama por causa da disputa pelo comando de diretórios municipais do partido e acusa a Folha de estar “numa espécie de vale-tudo” para atingir a sua honra. (Poder A4 e A6)

Avaliação do feminismo é mais positiva entre homens

Para 48% dos homens, o feminismo traz mais benefícios que prejuízos às mulheres, mostra pesquisa Datafolha. Entre as mulheres, esse patamar é de 43%.

A parcela de homens que apoiam o feminismo também supera a de mulheres que se consideram feministas. Eles são maioria (52%), elas, minoria (39%). Mais de dois terços dos ouvidos concordam com teses feministas. (Cotidiano BI)

Muro de vidro da USP teve falhas de instalação

Abandonado há quatro meses, o muro que separa a raia olímpica da USP e a marginal Pinheiros teve falhas na instalação. Segundo laudo da Polícia Civil, a falta de uma peça de borracha usada para calçar a base dos vidros levou às quebras recorrentes das placas. (Cotidiano B4)

Não quero ser o único, diz paciente curado do HIV

Há 12 anos Timothy Ray Brown, 53, se tornou o “paciente de Berlim”, a primeira pessoa do mundo curada do vírus da Aids após passar por um transplante de medula óssea. As células vieram de um doador que possuía um gene associado à redução do risco de contrair o HIV. (Ciência B11)

Mais de 30 horas após o colapso de dois prédios sob guarda da milícia na zona oeste do Rio, que matou oito moradores, bombeiros alimentavam a esperança de encontrar sobreviventes entre os estimados 17 desaparecidos (Cotidiano B5)

Indústria de alta tecnologia do Brasil vive encolhimento

A indústria de alta tecnologia, que impulsiona a economia de países ricos, encolhe no Brasil antes de deslanchar. Somados, os cinco segmentos mais sofisticados, como o eletrônico, o automobilístico e o farmacêutico, entraram nos anos 1980 com fatia de 9,7% do PIB e chegaram em 2016 com 5,8%, segundo estudo de economista da USP. (Mercado A21)

Pode-se consertar intervenção de Bolsonaro no diesel, diz Guedes (Mercado A28)

Editorial

Sem capitalização

Acerca de ajuste a ser feito na reforma da Previdência.

Experimento de verão

Sobre interrupção de horário especial na estação. (Opinião A2).

Redação