Jornais do Brasil nesta segunda feira 12 de novembro

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12 de novembro de 2018

O Globo

Manchete: Pacote de privatizações terá de superar entraves técnicos

Integrantes do governo e especialistas avaliam que plano deve levar anos para ser concluído

O plano do governo Bolsonaro de realizar um amplo programa de privatizações, que renderia R$ 700 bilhões e poderia ser usado para abater até 20% da dívida, deve enfrentar entraves técnicos e jurídicos que podem retardar a sua implementação, segundo especialistas e técnicos da atual administração. As estatais consomem recursos públicos num patamar bem maior do que o ganho obtido pelo governo. Em 2017, pagaram o equivalente a R$ 5,498 bilhões em dividendos, enquanto o valor gasto pela União com subvenções de empresas dependentes do Tesouro atingiu R$ 14,840 bilhões. (PÁGINA 15)

Moro diz que pode avaliar denúncias contra colegas

O futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, disse ao “Fantástico” que poderá avaliar denúncias contra integrantes do governo e, caso considere as provas robustas, recomendar a demissão. “Não assumiria um papel de ministro da Justiça com o risco de comprometer minha biografia.” (PÁGINA 4)

Colunistas

FERNANDO GABEIRA

Bolsonaro foi fraco com pauta-bomba (PÁGINA 2)

JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS

Uma crônica sem palanque (SEGUNDO CADERNO)

ANTÔNIO GOIS

Enem, como é hoje, está com dias contados (PÁGINA 17)

Com direito a pena domiciliar, 9.245 mães estão presas

Mesmo após o Supremo Tribunal Federal ter determinado o direito à prisão domiciliar às detentas grávidas ou com filhos menores de 12 anos, 9.245 mulheres que atendem ao requisito no país seguem atrás das grades, segundo pesquisa do Departamento Penitenciário Nacional. (PÁGINA 7)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Após eleição, economia dá sinais de recuperação

Tensão política diminui e novos negócios são anunciados, mas avaliação é que reformas são fundamentais

Com o fim da tensão eleitoral e a diminuição da temperatura política, o humor de empresários e investidores no Brasil começa a mudar. Desde a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente, empresas começaram a retomar planos de investimentos. O empresário Carlos Wizard Martins – ex-proprietário da escola de inglês Wizard e hoje dono da rede Sforza – afirma que pretende desembolsar R$ 1,6 bilhão nos próximos anos. Outro negócio que circulava nas rodas de conversa de bancos havia meses teve o contrato de compra assinado depois do fim das eleições: a aquisição de 22% da rede Madero pelo fundo americano Carlyle. O economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, diz que o humor do mercado mudou nas últimas semanas: “Vemos um claro aumento das consultas”. Mas a avaliação geral é que as reformas econômicas são fundamentais. (ECONOMIA/ PÁG. B8)

Levy no BNDES

O ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy será o novo presidente do BNDES, informa Sonia Racy. Atual diretor financeiro do Banco Mundial, Levy deixará Washington para substituir Dyogo Oliveira. (PÁG. B5)

‘Governo precisa unir os brasileiros’

Há um ano à frente do maior grupo varejista do País, o presidente do Carrefour no Brasil, Noël Prioux, espera que o governo eleito dê andamento às reformas antes da posse, pois as empresas fecham agora orçamentos para 2019. Segundo ele, o grupo pode investir até R$ 2 bi no próximo ano, quando pretende não só adquirir redes regionais, mas também fechar parcerias. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)

‘Prender 100 mil não seria problema’

Deputado mais bem votado da história da Câmara, o filho do presidente eleito afirmou que vai lutar para tipificar como terrorismo os atos do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) mesmo que seja preciso prender 100 mil pessoas. (POLÍTICA / PÁG. A6)

Clima de tensão

Polarização política e Escola Sem Partido levam tensão às universidades, provocam ameaças a docentes e alunos e dividem mundo acadêmico. (POLÍTICA / PÁG. A8)

Doria pensa em Meirelles para o secretariado

O governador eleito de São Paulo, João Doria, pensa em convidar o ex-ministro da Fazenda e candidato derrotado a presidente Henrique Meirelles (MDB) para cuidar das finanças do Estado. Hoje, Doria vai anunciar Paulo Dimas, ex-presidente do TJ-SP, como seu futuro secretário de Justiça. (POLÍTICA / PÁG. A4)

CNJ quer reduzir nº de presos em 40% (METRÓPOLE / PÁG. A14)

Cida Damasco

Jair Bolsonaro já enfrenta pauta-bomba e pressão contra corte de ministérios. (ECONOMIA / PÁG. B10)

Notas & Informações

A Constituição e os Poderes

Nos últimos tempos, tem havido “interpretações” da Constituição que ultrapassam o sentido e a letra do texto constitucional. (PÁG. A3)

O foco da educação

Para o País se desenvolver econômica e socialmente, o caminho é recuperar a escola pública de ensino básico. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Veto a discussão de gênero acumula derrotas na Justiça

Bandeira integra o Escola sem Partido, que conta com a simpatia de Bolsonaro

A ofensiva para barrar a abordagem de gênero nas escolas — que integra o projeto batizado de Escola sem Partido, bandeira do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), para a educação— tem sofrido reveses em tribunais estaduais e no Supremo Tribunal Federal, conforme levantamento da Folha. Só neste ano, cortes com sede em ao menos cinco estados (SP, RJ, MG, SE e AM) suspenderam leis municipais que proibiam menções ao assunto nas salas de aula. Por sua vez, o STF concedeu duas liminares de teor similar, respondendo a ações encaminhadas pela Procuradoria-Geral da República. Conforme as decisões provisórias do Supremo, as normas ferem princípios da Constituição, como o da liberdade de aprender e ensinar. Entende-se também que apenas a União tem competência para legislar sobre diretrizes e bases da educação. Nos tribunais estaduais, os fundamentos são parecidos. O programa de governo bolsonarista não menciona o Escola sem Partido, mas se alinha aos pressupostos do texto em tramitação na Câmara dos Deputados. “Mais matemática, ciências e português, sem doutrinação e sexualização precoce”, diz o documento registrado na Justiça Eleitoral. (Cotidiano B1)

Setor privado poderá gerir previdência individual

De acordo com o modelo previdenciário planejado pela equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), gestores privados poderão gerir a poupança individual de trabalhadores para a aposentadoria. Bancos, seguradoras e até fundos de pensão patrocinados por empresas estatais poderão gerenciar os recursos. O modelo valeria só para entrantes no mercado. (Folhainvest A13)

Novo governo deve atentar para temas sociais e culturais

O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga entende que o debate econômico do país precisa ser mais amplo. Há que considerar também temas como respeito a minorias e combate à desigualdade, disse a Alexa Salomão. (A12)

Chefe do Exército quis influenciar o STF, afirma PT

Líderes do PT afirmaram que o comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, quis interferir na decisão do Supremo de negar habeas corpus a Lula. Em entrevista à Folha, o general disse ter agido “no limite” na ocasião. (Poder A6)

Luiz Felipe Pondé

Há inteligentinhos que não veem que a Folha é plural

Suspeito que quem propõe a Bolsonaro xingar a Folha deve ser pago pelo PT. Sua pluralidade é óbvia — mas não para quem não enxerga um palmo diante do nariz. (Ilustrada C6)

Editoriais

Rouanet sem mitos

Acerca de críticas à legislação de incentivo à cultura.

Rota definida

Sobre novos incentivos à indústria automobilística. (Opinião A2).

Redação