Jornais do Brasil neste domingo 11 de fevereiro

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11 de fevereiro de 2018

O Globo

Manchete : Banco Central esconde documentos da ditadura

cesso a atas de conselho é vetado Instituição alegou ao historiador Carlos Fico que precisaria analisar ‘eventual incidência de sigilo’

Míriam Leitão

O Banco Central mantém sob sigilo as atas de reuniões do Conselho Monetário Nacional realizadas na ditadura, de 1964 a 1985. A instituição negou pedido do historiador Carlos Fico, da UFRJ, feito com base na Lei de Acesso à Informação, de consulta aos documentos, alegando que teria de verificar em cada ata “eventual incidência de sigilo”.

Fico recorreu à Controladoria-Geral da União e teve acesso aos índices das atas, que já vieram com tarjas pretas para que as informações principais continuem secretas. Para o historiador, os papéis não se enquadram em casos de sigilo. (Pág. 28)

Eike Batista revela suas memórias do cárcere

Para ex-bilionário, o pior na cela era usar o ‘boi’

Ascânio Seleme

Nove meses após ser libertado, Eike Batista diz que não teve medo de apanhar na penitenciária de Bangu porque sua cela era na ala dos milicianos: “Sempre ajudei muito a polícia. Parei no lugar certo”. O pior momento era usar o “boi”, buraco no chão que serve de sanitário: “Ruim é o cheiro, mas existem algumas técnicas”. Eike afirma que vai voltar aos negócios, e também faz planos de se candidatar ao Senado. (Pág. 6)

Barroso cobra explicações de diretor da PF

O ministro do STF Luís Roberto Barroso intimou o diretor da Polícia Federal, Fernando Segovia, a se explicar sobre a sua declaração de que inquérito contra o presidente Temer deveria ser arquivado. (Pág. 3)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Com ‘penduricalhos’, juiz deixa de pagar R$ 360 mi de tributo

Valor corresponde à isenção de auxílios não tributados de 18 mil magistrados

Dezoito mil juízes deixaram de pagar R$ 30 milhões por mês de Imposto de Renda graças à isenção tributária de “penduricalhos” como os auxílios- moradia, alimentação e saúde. Esses benefícios são enquadrados como indenização e, por isso, ficam isentos de imposto. Se fossem tributados, como sugerem os críticos dos auxílios concedidos ao Judiciário, cada magistrado teria de pagar, em média, 19% mais para a Receita Federal. É o que mostra levantamento feito pelo Estadão Dados com base nos contracheques de juízes de 81 tribunais federais e estaduais do País. Na média da folha de pagamento de novembro, os salários corresponderam a 60% do total de rendimentos, e os “penduricalhos”, a 40%. Foram excluídos da conta os juízes que não receberam auxílios ou que, por serem aposentados, não têm desconto de Imposto de Renda na fonte.
(Política / Pág. A4)

Dnit vai conceder rodovias em troca de reparos

Sem dinheiro para investimentos, o governo vai oferecer trechos de rodovias à iniciativa privada em troca de manutenção e reparos. O orçamento do Dnit encolheu de R$ 9 bilhões, em 2017, para R$ 8,2 bilhões neste ano.
(Economia / Pág. B1)

Ministro do STF pede explicação a diretor da PF

Luís Roberto Barroso intimou o diretor da Polícia Federal, Fernando Segovia, a esclarecer declaração de que o inquérito do Decreto dos Portos, que tem Michel Temer entre os investigados, será arquivado. Delegado negou interferência. (Política / Pág. A5)

Eliane Cantanhêde

O que caiu na capital da República não foi só um viaduto, foi uma ira acumulada em anos, governos e práticas lesivas.
(Política / Pág. A5)

Notas & Informações

O cansaço do povo

Ministra Cármen Lúcia fez leitura acurada do estado de espírito de boa parte da sociedade ao dizer que “o cidadão brasileiro está cansado da ineficiência de todos nós (autoridades públicas)”.
(Pág. A3)

A encruzilhada do Bolsa Família

Perpetua-se a pobreza que o Bolsa Família pretendia mitigar.
(Pág. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Banco terá de viver com juro baixo, diz sucessor no Bradesco

Não adianta ser empresa rica num país pobre, afirma Lazari Junior, que assumirá em março a presidência da instituição

O futuro presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, 54, afirma ter chegado a hora de os bancos brasileiros aprenderem a conviver com juros baixos. “É lógico que os bancos têm um ganho importante com taxas de juros altas, mas não adianta ser empresa rica num país pobre”, disse ele em entrevista à Folha. Para o economista, que trabalha há 40 anos no banco e é especialista em marketing e finanças, o segredo está na escala: se emprestar mais, o sistema financeiro continuará sendo rentável. “Todo mundo precisa de crédito. Se chegarmos a 50% da população, em vez de apenas 10%, as taxas de juros podem ser menores.” O executivo vê sinais de recuperação da economia e se diz otimista sobre a continuidade das reformas, mesmo com a proximidade das eleições. “Independentemente de quem seja o próximo presidente, a agenda para o país ê igual”, disse. Lazari assumirá a presidência em março, no lugar de Luiz Trabuco.
(Mercado A16)

Diretor da ANS critica custos de planos de saúde

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) quer estimular a competição entre as operadoras e fazer com que empregadores negociem melhor o preço e a qualidade do plano ofertado aos funcionários. “Pagar mais mensalidade? Ninguém aguenta”, diz Leandro Fonseca, diretor-presidente substituto da ANS. Para ele, o financiamento da saúde ê debate em falta no país.
(Cotidiano B5)

Não foi a elite que expulsou os mais pobres dos voos : Samuel Pessôa

Há uma narrativa da esquerda segundo a qual nossa crise econômica é fruto da crise política. Uma das ideias do discurso é que a elite branca não tolera conviver com pobres em aeroportos. Mas, diferentemente da sugestão de “Caravanas ”,de Chico Buarque, não foi a raiva dessa elite que expulsou a população dos voos, e sim a gestão econômica do PT.
(Mercado A18)

Só metade dos Estados teve alta na arrecadação em 2017 (Mercado A14)

Diretor da PF terá de explicar frase em que inocenta Temer (Poder A8)

Editoriais

Leia “Sem alívio” , sobre a receita e a fragilidade das finanças dos Estados.
(Opinião A2).

Redação