Jornais do Brasil nesta Terça Feira 29 de Novembro

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29 de novembro de 2016

O Globo

Manchete: Incerteza com reforma atrasa recuperação da economia

Temer pede paciência: ‘Qualquer fatozinho abala as instituições’

Mercado agora prevê expansão de apenas 0,98% do PIB no ano que vem. Em encontro com empresários, presidente prega otimismo e afirma acreditar que o país voltará a crescer

Economistas já preveem que o PIB de 2017 vá crescer menos de 1%. No auge do otimismo após o impeachment de Dilma Rousseff, a projeção era de uma expansão de 1,36% no ano que vem. A demora na aprovação das reformas e a recente crise política ampliam as incertezas. O governo tentará hoje aprovar em primeiro turno, no Senado, a proposta que cria um teto para os gastos públicos. Em discurso ontem a empresários, o presidente Temer pediu paciência e disse que o país voltará a crescer. “Como não temos instituições sólidas, qualquer fatozinho abala as instituições”, lamentou. (PÁG. 19)

MÍRIAM LEITÃO

PIB terá uma queda forte, e os juros, uma leve redução. (PÁG. 20)

De faz-tudo a ‘laranja’ para joias

Bombeiro, um assessor pessoal de Sérgio Cabral atuava como testa de ferro no esquema do ex-governador. No nome de Pedro Ramos de Miranda, que era também motorista, foram comprados R$ 4 milhões em joias, informam CHICO OTAVIO E DANIEL BIASETTO. Ramos era faz-tudo de Cabral, para quem sacava dinheiro e prestava pequenos serviços. (Pág. 3)

MP pede à PF áudios de Calero

A Procuradoria-Geral da República pediu à PF os áudios das conversas que teriam sido gravadas e entregues pelo ex-ministro Marcelo Calero (Cultura). Além do ex-ministro Geddel Vieira, Calero teria gravado Eliseu Padilha (Casa Civil) e o presidente Michel Temer. (Pág. 4)

Colunistas

MERVAL PEREIRA

Temer precisa se livrar de amarras que o prendem a aliados. (Pág. 4)

JOSÉ CASADO

A lavagem de dinheiro que liga Brasil e Congo. (Pág. 17)

CARLOS ANDREAZZA

Geddel é uma categoria moral da vida brasileira. (Pág. 17)

Venezuela perde voz no Mercosul

Na próxima quinta-feira, a Venezuela perderá o direito a voto no Mercosul e será excluída de encontros e negociações. Não haverá suspensão porque, se ocorrer mudança no governo venezuelano, ficará mais fácil reincorporar o país. (Pág. 22)

Jovens preferem cigarros com sabor

Pesquisa da Fiocruz mostra que 56% dos jovens que fumam optam por cigarros com sabor, cuja venda será julgada pelo STF amanhã. (Pág. 26)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Nordeste já quer rever acordo com União para ajuste fiscal

Governadores pressionam para que liberação de recursos da repatriação não fique atrelada a pacto; governo resiste

Menos de uma semana após o anúncio de um “pacto” pela austeridade dos Estados em troca do dinheiro da multa da repatriação, governadores do Nordeste pressionam para que a liberação dos recursos seja tratada à parte, não mais como contrapartida. Além disso, pedem a possibilidade de escolher, entre diversas medidas de ajuste fiscal, as que melhor se enquadram na realidade de cada Estado. Na lista estariam o teto de gastos estaduais por 10 anos, elevação da alíquota da Previdência e criação de um fundo com parte dos benefícios fiscais concedidos pelos Estados, medidas já discutidas na semana passada. O pedido é de que haja flexibilidade na forma de aplicação. A equipe econômica do governo federal não abre mão de medidas de ajuste para transferir os R$ 5 bilhões da arrecadação com a multa cobrada dos contribuintes que aderiram ao programa de repatriação. (ECONOMIA / PÁG. B5)

Acordo após 16 anos

Indenização de R$ 216 milhões da Ford para o governo do Rio Grande do Sul será usada para pagar parte dos vencimentos de servidores que ganham até R$ 2 mil. (PÁG. B5)

‘Qualquer fatozinho abala as instituições’, diz presidente

Três dias após a queda do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), o presidente Michel Temer disse ontem que “qualquer fatozinho abala as instituições”. Diante de uma plateia de empresários, Temer afirmou que o Brasil não tem instituições muito sólidas, mas classificou as instabilidades como “passageiras, que não podem ser levadas a sério”, sem citar diretamente a crise. (POLÍTICA / PÁG. A4)

Moro veta metade das perguntas de Cunha para Temer

O juiz Sérgio Moro barrou 21 das 41 perguntas de Eduardo Cunha para Michel Temer, arrolado como testemunha de defesa pelo peemedebista. A tentativa de envolver o presidente no caso foi vista por pessoas ligadas às investigações como um “recado” do deputado cassado e vetada por Moro sob o argumento de que “não há qualquer notícia do envolvimento do presidente nos crimes que constituem objeto desta ação penal”. (POLÍTICA / PÁG. A6)

Governador do TO é investigado em caso de R$ 200 mi

O governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), e o ex-governador Siqueira Campos (PSDB) foram alvo de condução coercitiva – quando o investigado é levado para depor e liberado – no âmbito da Operação Reis do Gado. A PF diz que já tem indícios de que foram movimentados mais de R$ 200 milhões e que parte do dinheiro foi regularizada por meio de ocultação no patrimônio de parentes de Marcelo Miranda. (POLÍTICA / PÁG. A6)

Triplica parcela com prestação vencida da casa

A parcela dos devedores brasileiros que não estão conseguindo pagar em dia prestações do financiamento imobiliário triplicou no último ano. Neste ano, 15,2% atrasaram mais de 30 dias; em 2015, foram 5,6%. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)

Repatriação garante superávit em outubro (Economia/Pág. B4)

Colunistas

Eliane Cantanhêde

Apartamento de Geddel não só jogou a crise no colo de Temer como elevou o grau de incerteza. (POLÍTICA / PÁG. A6)

Arnaldo Jabor

Só a pressão da opinião pública pode impedir a dissolução da Operação Lava Jato. (CADERNO2 / PÁG. C6)

Notas & Informações

O veto à anistia

Presidente deve indicar às instituições políticas e a seus membros o caminho da ética. (PÁG. A3)

Respeito ao Congresso

Tentativa de demonizá-lo não é propriamente uma virtude democrática. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete Gestão Temer lança ofensiva para tentar reverter crise

Estratégia envolve aprovação folgada do teto de gastos e leilão de aeroportos

O presidente Michel Temer (PMDB) fará nesta semana ofensiva na área econômica para tentar estancar a pior crise desde que assumiu o cargo, seis meses atrás. Ele busca também agradar ao mercado e a empresários. A estratégia envolve vitória folgada na votação no Senado do limite para gastos públicos e anúncio de medidas nos setores de aeroportos e petróleo. A reforma da Previdência também deve ser enviada ao Congresso. A investida tenta reverter a agenda negativa gerada pelas acusações do ex-ministro Marcelo Calero (Cultura). Ele disse ter sido pressionado por Temer a resolver o caso do empreendimento imobiliário embargado no qual o ex-ministro Geddel Vieira Lima( Governo) tinha interesse. O presidente nega. A operação começou neste domingo (27) com o anúncio de veto a qualquer tentativa de anistiar crimes de caixa dois, além de ataques ao ex-ministro da Cultura. Na quinta-feira (1º),Temer se reunirá com centrais sindicais no Planalto para discutir a reforma da Previdência. A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) deve tramitar ainda neste ano. (Mercado A13)

Questões de Cunha ao presidente são barradas por Moro

O juiz federal Sergio Moro indeferiu, por considerá-las inadequadas, 21 das 41 perguntas feitas a Michel Temer pelo aliado e ex-deputado Eduardo Cunha, preso na Lava Jato. O presidente foi arrolado como testemunha. A defesa de Cunha nega tentativa de constranger Temer e diz querer “mostrar que as acusações na ação penal não procedem”. (Poder A4)

Para peemedebista, ‘qualquer fatozinho’ gera instabilidade

Em discurso em um hotel de Brasília a empresários e investidores nesta segunda (28), o presidente Michel Temer disse que “qualquer fatozinho” tem poder de gerar instabilidades institucionais no país, mas que elas “são passageiras e não podem ser levadas a sério”. (Poder A6)

Procuradoria-Geral da República pede à PF áudios gravados por Calero que podem afetar presidente. (A5 )

No país, impacto da escolaridade na eficiência é muito pequeno

O avanço da escolaridade no país nas últimas décadas não foi acompanhado do aumento esperado de eficiência do trabalhador brasileiro, segundo o pesquisador Ricardo Paes de Barros. Entre 1980 e 2010, cada ano a mais de estudo foi seguido de ganho extra de produção de US$200 por trabalhador. A cifra chega a US$ 3.000 no Chile e US$ 6.800 na Coreia do Sul. (Mercado A17)

Odebrecht libre

Em 2011, ao lado do ex-presidente Lula e de executivos da empreiteira Odebrecht, o ditador cubano Raúl Castro não poupou elogios à construtora brasileira, hoje no centro da Lava Jato. Após elogiar o cumprimento do cronograma das obras do porto de Mariel, criticou as estatais locais. Os cubanos, disse, “têm de aprender com vocês [da Odebrecht]”. (Poder A8)

Editoriais

Leia “Fidel Castro”, acerca da morte do ditador cubano, e “A qualidade da inclusão”, sobre desempenho de alunos beneficiados por política de cotas. (Opinião A2).

Redação