Corinthians contabiliza desfalques financeiros em meio à pandemia

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O Corinthians acumula uma série de desfalques financeiros em meio à pandemia no novo coronavírus. Quase dois meses depois da paralisação dos campeonatos no país, o clube já teve cortes em suas três maiores receitas: direitos de TV, patrocínios e sócio-torcedor.

Nos primeiros dois meses, o clube viu a queda de 70% da cota de televisão. A expectativa é que esse corte seja ainda maior em junho, diante da situação cada vez mais grave da pandemia, sem indícios de retorno dos jogos.

Em relação aos patrocínios, que é a segunda maior receita, somente atrás da TV, o Corinthians deixou de receber o valor integral de cinco dos nove parceiros. Os outros quatro estão repassando apenas 25% do valor normal.

Em entrevista ao Meu Timão, concedida na semana passada, o presidente do clube, Andrés Sanchez, disse que a queda da receita com sócio-torcedor já atinge 30%. Vale ainda ressaltar que o clube já não conta com a receita de bilheteria há seis anos, desde a abertura da Arena Corinthians – toda a bilheteria é destinada ao fundo responsável pelo pagamento da obra.

A receita vinda da parceria com a Nike segue em dia, pois o pagamento anual é realizado em quatro parcelas. De acordo com o mandatário corintiano, duas já foram pagas. A expectativa é que em setembro aconteça o terceiro repasse.

Sem a maior parte das receitas, o Corinthians passou a reduzir gastos. Os salários dos jogadores do time profissional, da base e do feminino foram cortados em 25%. Além disso, houve redução de 70% dos salários dos funcionários, que serão contemplados com uma ajuda do governo, prevista na MP 936.

Para obter receita de imediato, o clube ainda tenta obter uma antecipação do pagamento relativo à venda do meia-atacante Pedrinho. O clube tem direito a 70% do montante de 20 milhões de euros (R$ 127,4 milhões na cotação atual).

O Benfica irá pagar em quatro parcelas, com a primeira prevista para junho. Dessa forma, o Corinthians busca antecipar os dois primeiros repasses por meio de bancos, com o contrato da venda como garantia.

Redação com FolhaPress