SILICOSE O PÓ QUE MATA PROFº E TÉC EM MINERAÇÃO ALERTA TRABALHADORES SOBRE A DOENÇA

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 A silicose é a mais antiga, mais grave e mais prevalente das doenças pulmonares, relacionadas à inalação de poeiras minerais, divulgadas  há muitos séculos, é uma doença pulmonar crônica e incurável, com uma evolução progressiva e irreversível , confirmando a sua importância na lista das  pneumoconioses, (doenças que provocam uma fibrose ou endurecimento do tecido pulmonar em razão do acúmulo de poeira nos pulmões). No Brasil é uma das doenças de maior prevalência e o número de trabalhadores  potencialmente expostos a poeiras contendo sílica  é superior a 6 milhões, sendo 4 milhões na construção civil, 500.000 na mineração e garimpo.

 
Segundo o pesquisador, professor e técnico em mineração, Antonio de Pádua Sobrinho em entrevista cedida a este portal, além dos trabalhadores que estão ligados diretamente à mineração, outras atividades também apresentam riscos de contrair a silicose, são elas, cerâmicas onde se fabricam pisos, azulejos, louças sanitárias, louças domésticas e outros, produção e uso de tijolos refratários (construção e manutenção de alto fornos), fabricação de vidros, marmorarias  e serrarias  onde os   trabalhadores executam  o corte de rochas como granito, quartzito  ardósia dentre outras que apresentam grande quantidade de sílica, na fabricação de tintas, cosméticos etc,  merecendo destaque as atividades ligada a construção civil, embora  exista um número  pequeno de  envolvidos no setor é grande a exposição desses trabalhadores  a quantidade de poeiras finas com variado conteúdo de sílica, principalmente a na execução das atividades referentes ao corte  e cerramento da cerâmica
 
“ É preciso que os trabalhadores tomem conhecimentos da doença,  já que  a silicose não tem cura, a prevenção assume papel importante, e em quase todas as etapas os trabalhadores estão expostos à poeira contendo sílica,  desde  perfuração,  desmonte e retirada de minérios das frentes de lavra, carregamento e transporte dos materiais até as unidades de beneficiamento, e por fim o trabalho que  envolve as  operações   de britagem, moagem , peneiramento , e ensacamento de minérios, é necessário o uso da máscara.” frisou o professor  
 
“Como na  região existe um grande número de trabalhadores ligados a mineração ano passado criamos  o projeto ‘Garimpo Bom, mineração responsável’,  em parceria com a secretária de saúde do município de Frei Martinho Paraíba, que tem por objetivo realizar um levantamento global das condições sócio-econômicas, de segurança e saúde do pequeno minerador que atua no extrativismo mineral da Paraíba, levando em consideração também as questões ambientais dos garimpos.” Disse
 
“Já realizamos várias ações do projeto  na região, apresentamos este projeto ao secretário de Saúde do Estado e ao Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador, e algumas palestras voltadas para a problemática, para conscientizar os trabalhadores sobre a doença. “Concluiu.
 
Antonio Sobrinho

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