Com cortejo do Homem da Meia-Noite e show de Alceu, Olinda abre oficialmente carnaval de 2020

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Começou oficialmente, nesta quinta-feira (20), o carnaval de Olinda. Depois do cortejo do Homem da Meia-Noite, que partiu após às 19h, da sede da prefeitura com destino ao palco da Praça do Carmo, o público levantou a poeira com muito frevo.

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A festa começou com A Cocada, que foi seguida pelo Grêmio Musical Henrique Dias. Marrom Brasileiro e Alceu Valença também se apresentaram, marcando a festa que entrou pela madrugada de sexta (21).

Atração mais esperada da noite, Alceu subiu ao palco bem tarde. O cantor e compositor incendiou o público, que não dava sinais de cansaço. Ao som de “Bicho Maluco Beleza” e de um foguetório, ele arrancou gritos do povo, que delirou com “Diabo Loiro” (veja vídeo abaixo).

Alceu Valença contagiou foliões na abertura do carnaval de OlindaAlceu Valença comandou a festa na abertura da folia em Olinda — Foto: Geraldo Lélis/G1

Com receio da chuva, o público foi chegando aos poucos. Foi assim no cortejo e também na Praça do Carmo. Se a banda A Cocada começou quando a praça ainda tinha bom espaço entre o público, a segunda atração da noite, o Grêmio Musical Henrique Dias já deixou o palco com a área lotada.

De acordo com a Secretaria e Turismo e Cultura de Olinda, são esperados 4 milhões de foliões nas ladeiras do Sítio Histórico, em 2020. Dayane Balieiro veio de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, pela segunda vez ao carnaval de Olinda.

“Preferi voltar, porque vi aqui um carnaval muito diferente do que se fala em relação aos outros carnavais do Brasil. Aqui, podemos brincar mais tranquilas, com menos clima de pegação”, disse Dayane, que desta vez veio junto com outros dois amigos e tem mais seis de Brasília, Belém e do Rio de Janeiro para chegar.

Abertura do carnaval em Olinda — Foto: Marlon Costa/Pernambuco PressJá Amanda Alves trouxe a turma toda de Brasília. “Já é o terceiro ano que venho e gostamos muito de brincar na rua, indo atrás das orquestras”, afirmou.

Já acostumada com o carnaval de Olinda, dona Maria do Bom Parto não perde a oportunidade de dançar o coco. Ela gastou o chão ao som de A Cocada.

“A gente tem que aproveitar mesmo e dançar para mostrar a nossa cultura, para a nossa cultura não acabar”, disse, quase sem ar ao dar uma pausa na dança.

Ambulantes

Enquanto as ladeiras não são tomadas pela multidão, os comerciantes correm para deixar tudo pronto até o sábado (22), quando o Sítio Histórico começa a fervilhar. Sérgio Ramos, de 45 anos, conhecido como Teco, trabalha há 22 no carnaval de Olinda, com mais cinco familiares.

Ele tem boas expectativas para as vendas, mas se queixa do aumento da concorrência. “Como tem muita gente desempregada, a turma vem tentar tirar algum sustento aqui da festa também. Eu não tiro satisfação com eles, porque sei que está todo mundo na luta, mas que fica mais difícil para a gente, fica”, explicou.

Com G1