Caos no Instituto de Previdência de Nova Palmeira-Pb ameaça salários dos aposentados e pensionistas
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Nesta terça feira (21), o presidente do Instituto de Previdência de Nova Palmeira – IPSENP, Marizaldo Dantas Júnior, se reuniu com Vereadores, servidores públicos e SIMPUC, com o objetivo de debater a atual situação da autarquia. A audiência pública teve a participação da técnica previdenciária, Iva Fagundes, que, na ocasião, explicou a gravidade que se encontra o caixa da instituição.
De acordo com Iva, o IPSENP deveria estar com cerca de R$ 20 milhões em seus cofres, no entanto as finanças se encontram zeradas. A explicação para o fato, segundo Marizaldo Júnior, se dá pelo fato das administrações anteriores passarem quantias abaixo do estabelecido. Em seu esclarecimento, o presidente acrescentou que “a única gestão que transferiu a verba na integralidade e até um pouco mais foi a atual”.
O problema está repercutindo nos setores em atividade, uma vez que, a prefeitura repassando o dinheiro para o instituto, atinge diretamente o montante dos ativos.
Uma das hipóteses sugeridas na audiência e que ainda está em estudo, foi o aumento de alíquota de 11% para 14% na contribuição dos servidores ativos, fato que vem penalizar ainda mais os funcionários que nada tem haver com as irresponsabilidades das administrações passadas.
Segundo Marizardo Junior, serão adotadas algumas medidas duras com vistas a sanar a adversidade em comum acordo com todos os servidores.
“São duas décadas desde a criação do Ipsenp e, infelizmente, o que era para se comemorar com R$ 20 milhões na conta, estamos passando pela data sem nenhum centavo”. Finalizou.
De acordo com informações do MPPB, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) da Polícia Civil e Ministério Público da Paraíba estão deflagrando diversas operações em vários municípios da Paraíba, especialmente nos casos em que as contribuições são recolhidas dos servidores e não repassadas aos institutos.
Na Paraíba, os institutos de previdência, em sua maioria, são deficitários e já causam preocupação ao TCE-PB. Muitos municípios não apresentaram um “Plano de Ação“ que estabeleça medidas necessárias à adequação às normais legais, em conformidade com o Ministério da Previdência Social – MPS.
O GAECO está investigando casos como o do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Cuité, Curimataú Paraibano, onde segundo o SAGRES-PB, o IPSEC da gestão anterior finalizou o ano de 2016 com um saldo de pouco mais de 26 mil reais na gestão da prefeita Euda Fabiana (PMDB), já o IPSEP do município vizinho de Picuí, Seridó paraibano, segundo Sagres-TCE-PB, repassou para atual administração com saldo de cerca de 6,2 milhões em caixa.
As investigações preocupam vários ex-prefeitos do estado que utilizarão os recursos dos institutos para outros fins.
Portal do Curimataú com informações do NPoficial