Paraíba registra 17 mortes de gestantes e Saúde aponta falta de pré-natal como causa

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gestanteEm 2017, a Paraíba já registrou 17 mortes de mulheres no período da gestação e/ou puerpério (fase pós-parto), três delas na cidade de Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, a 468 km de João Pessoa, onde a secretária executiva da Saúde da Paraíba, Maura Sobreira, apresentou o Plano Estadual de Enfrentamento da Morte Materna em Sessão Especial na Câmara de Vereadores, nessa quarta-feira (4). A sessão teve como tema ‘Saúde da Mulher – Desafios Assistenciais no Ciclo Gravídico – Puerperal’. Na oportunidade, a secretária fez uma explanação sobre o funcionamento da rede pública de saúde, a rede de atenção às gestantes e a importância da realização do pré–natal. 

De acordo com Maura, no mesmo período do ano passado ocorreram 26 mortes. Mesmo que tenha ocorrido a redução, os dados continuam sendo preocupantes. Casos de gestantes com hipertensão não diagnosticada, infecção urinária ou com problemas cardíacos não tratados, são os principais casos relatados. A secretária executiva reforçou que “estas mulheres precisam realizar um pré-natal de qualidade”.

O pré-natal é indispensável no acompanhamento da gestante, por meio da atenção básica. Um pré-natal de qualidade tem justamente o objetivo de identificar precocemente problemas que possam futuramente provocar complicações. “A casa de saúde/maternidade é o último estágio que a paciente procura, uma vez que a maternidade realiza o parto e acompanha a paciente e a criança em suas primeiras 24 horas do pós-parto ou 48h, caso o parto seja cirúrgico”, explicou Maura.

Dentro de um plano de enfrentamento do problema, estão previstos cursos sobre pré-natal, parto e puerpério para profissionais e gestores da Atenção Básica; inclusão do atendimento às gestantes na Caravana do Coração; visitas técnicas às maternidades; cursos sobre urgências obstetrícias para profissionais do Samu, entre outras atividades.

Além da Sessão Especial na Câmara dos Vereadores, a secretária executiva se reuniu com o Ministério Público da Paraíba na cidade de Cajazeiras e levou a discussão da fragilidade dos atendimentos básicos (pré-natal) por parte de alguns municípios no tocante ao acompanhamento durante a gestação.

Redação