Paulo Guedes afirma que reforma administrativa será retoma

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo de Jair Bolsonaro ainda não desistiu de fazer a reforma administrativa. Segundo ele, a proposta que muda as regras do funcionalismo público segue na mesa e deve ser retomada.

“A reforma administrativa está na pauta. Podemos voltar a isso ainda nesse governo. Voltaremos”, disse Guedes nesta sexta-feira (03/07), em live com o setor industrial.

Guedes tocou no assunto para dizer que o governo não desistiu da ideia depois que conseguiu suspender os reajustes salariais do funcionalismo público neste e no próximo ano. O congelamento foi obtido como uma contrapartida dos servidores e dos estados e municípios na aprovação do pacote emergencial que liberou o socorro financeiro necessário para os entes federativos enfrentarem a pandemia de covid-19.

“A gente queria ter emendado isso com a reforma administrativa”, admitiu. Ele acrescentou que, por isso, o assunto pode ser retomado mais para a frente para garantir a redução permanente da despesa com o funcionalismo público – despesa que, segundo ele, representa o terceiro maior gasto do governo hoje, atrás da Previdência e das despesas com os juros da dívida pública.

O ministro admitiu, por sua vez, que esta não é a prioridade no momento. Afinal, o governo já conseguiu o congelamento dos salários dos servidores até 2021; a reforma administrativa sofria resistência no Congresso antes mesmo disso; e a prioridade agora deve ser a recuperação da crise do novo coronavírus.

Guedes afirmou, então, que a prioridade para os próximos meses na negociação entre o Executivo e o Legislativo estará na modernização dos marcos regulatórios da economia brasileira, bem como na agenda de concessões e privatizações. Além disso, o ministro disse que pretende apresentar em breve a sua reforma tributária para o Congresso. Tudo isso porque, para Guedes, esta será a forma de atrair os investimentos necessários à retomada econômica.

Na live, por sinal, o setor de infraestrutura cobrou do governo uma posição mais clara sobre como será a retomada. E o ministro da Economia retrucou dizendo que o Executivo não tem espaço fiscal para ampliar os investimentos públicos nesse momento. Por isso, reforçou que, no seu entendimento, os investimentos da recuperação econômica devem vir da iniciativa privada.

Correio Braziliense