Parlamentares admitem que 2013 foi marcado por passagens constrangedoras

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Parlamentares admitem que 2013 foi marcado por passagens constrangedoras

“Ih! Em 2014 não dá mais tempo de melhorar a imagem do Congresso. É hora de eleição!”, sentencia o líder da minoria na Câmara dos Deputados, Nilson Leitão (PSDB-MT), ao ser questionado sobre como corrigir os erros de 2013 nos próximos 12 meses. No balanço do ano que passou, parlamentares admitiram ao Correio: vexames marcaram os 365 dias do Legislativo federal. Entretanto, nenhum deputado ou senador assumiu a responsabilidade pelos fiascos e transferiu a culpa para fatores externos. O jogo de empurra é o mesmo que marcou a gestão do PMDB à frente do parlamento.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), assumiram os respectivos cargos em fevereiro do ano passado, depois de uma disputa pelo comando das duas Casas manchada por denúncias e protestos contra eles. Com a missão de resgatar a imagem do Legislativo perante a população, eles investiram no discurso de defesa da transparência, do corte de gastos públicos e do combate à corrupção. No decorrer do ano, porém, estiveram à frente de situações constrangedoras para o Congresso. A principal delas — consenso entre os entrevistados pela reportagem — foi a manutenção do mandato do deputado Natan Donadon (sem partido-RO).

Menos de dois meses depois dos protestos que invadiram as ruas do país em junho, os parlamentares decidiram, em votação secreta, livrar Donadon da cassação no fim de agosto, mesmo após ele ter sido preso por formação de quadrilha e peculato. Acusado de ter errado ao colocar a votação em plenário em vez de declarar automaticamente cassado o mandato do deputado, Henrique Alves correu para tentar corrigir o problema e disse que o parlamentar teria de se licenciar por não ter condições de comparecer ao Congresso.

 

Fonte: Correio Braziliense

 

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