Operação Lava Jato completa dois anos, dois anos de muita controvérsia

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A Operação Lava Jato completa dois anos de atuação sob fogo cerrado dos advogados de defesa dos réus

Para estes, o juiz Sergio Moro e o Ministério Público Federal têm usado as prisões preventivas para forçar os réus a aceitar acordo de delação premiada.

“O problema não é a delação, mas o modo como tem sido obtida. Para sair da preventiva, que ainda não foi julgada, é preciso dizer algo. Mais: é preciso uma confissão que agrade a hipótese do investigador. É uma falha que gera nulidade absoluta do processo”, afirma Pedro Estevam Serrano, advogado da Odebrecht na área cível, que é professor de direito constitucional da PUC-SP.

Resposta

Para Roberson Henrique Pozzobon, procurador da República da Lava Jato, as críticas não fazem sentido.

Ele define como uma mentira “gigante” considerar que as prisões preventivas estejam sendo usadas como punição e modo de obtenção de delações premiadas.

“As preventivas são excepcionais, temos mais de 180 acusados e um número bem inferior de cautelares”, diz.

Pozzobon explica que mais de 70% dos acordos com réus ocorreram enquanto estes estavam soltos e que nunca é sugerido. “É uma opção do colaborador”.

Folha de São Paulo