Gervásio desabafa, diz que se sente expulso do PMDB e que só não deixa partido devido à fidelidade partidária

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O deputado estadual, Gervásio Maia, comentou ao vivo em entrevista ao programa Rádio Verdade da Arapuan FM, nesta quarta-feira (19), que não se deve questionar se ele vai deixar o PMDB após a confusão na escolha do diretório municipal de João Pessoa e das substituições nos diretórios do interior, mas se ele está sendo expulso do partido e revelou que está nesta situação porque a fidelidade partidária o impede de sair.

Maia esclareceu uma fala do deputado estadual, Trócolli Júnior (PMDB), que era o entrevistado do programa, e falou que os diretórios no interior que foram substituídos sem o conhecimento de Gervásio, eram de pessoas que não teriam votado com o PMDB. Gervásio afirmou que em locais como Alcantil, por exemplo, o ex-prefeito Milton Rodrigues além de ser do PMDB votou em Maranhão e em Vital e mesmo assim teve o diretório entregue nas mãos de outro grupo.

“O partido pode estabelece um critério e não estabeleceu. Todas as alterações devem ser conversadas conosco sobretudo com a executiva, sou o terceiro vice-presidente e não tenho tomado conhecimento de nada”, afirmou.

A respeito de João Pessoa e do acordo firmado com o deputado Federal Manoel Júnior, Gervásio lembrou que tudo o que está acontecendo foi discutido dois anos atrás e reconhecido por José Maranhão, o próprio Trócolli, Raniery Paulino, Hugo Motta entre outros, apontando que a informação de Motta foi dada em outro programa da Arapuan FM, Hora da Notícia, com Antônio Malvino.

A eleição do diretório está marcada para o próximo dia 30. “Me chamando para o voto fica difícil para mim porque a disputa já significa que o acordo está sendo descumprido e Manoel não foi nem eleito, foi escolhido em comissão provisória com o acordo. Não existirá embate, nem disputa. Não vou participar disso, seria desproporcional. Quem montou o partido e fez as filiações foi Manoel Júnior, e eu como confiava nele, pensava que o projeto era um só e pensava que fazia parte dele e foi chancelado pela unanimidade da Executiva do partido”, explicou.

Gervásio afirmou que a situação é constrangedora e que o diretório comandado por Manoel Júnior já foi prorrogado ontem e marcou eleições para o dia 30. Ele ratificou que não vai entrar na disputar, porque se o fizesse seria para perder porque a maioria é ligada a Manoel. “O diretório foi ele quem escolheu, eu também deveria ter o mesmo direito. O PMDB tome suas decisões e depois arque com as consequências que virão”, disse.

Questionado sobre se sairia do partido, Gervásio afirmou que deveria ser perguntado se ele está sendo expulso. “Me sinto um peixe fora d’água, uma hostilidade muito grande, não estou fazendo drama, mas gostaria de me sentir parte. Não pensei em sair do partido, mas me sinto como se tivesse sendo expulso das atividades do partido e da própria legenda”, afirmou lembrando que sempre foi fiel e que cumpriu as orientações “diferente de Manoel Júnior que votou em Cássio (PSDB) deixando de votar no candidato do PMDB.

A respeito das especulações sobre ir para o partido do governador (PSB) ou de algum partido ligado a Ricardo, Gervásio ponderou: “Se a lei eleitoral não fosse tão rígida, tenha certeza que não estaria passando por essa situação. O partido se vale da infidelidade para me tratar desta forma. Se fosse no passado eu com certeza não estaria passando por uma hostilidade dessa natureza. Eu nunca tive outro partido”, afirmou, destacando ainda que não entende o tratamento do partido. 

Marília Domingues

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